Franquias que Renasceram com Força Total no Cinema: Planeta dos macacos

Filmes

Planeta dos Macacos (2001): O Reboot Que Ninguém Esperava… e Poucos Entenderam

Do Meme ao Prestígio

Direção: Tim Burton
Elenco: Mark Wahlberg, Helena Bonham Carter, Tim Roth, Michael Clarke Duncan
Duração: 119 min
Orçamento: 100 milhões de dólares
Recepção: Mista (pra dizer o mínimo)
Bilheteria: US$ 362 milhões mundialmente


O que rolava antes?

Antes desse reboot, a franquia “Planeta dos Macacos” já era um clássico absoluto, com o filme original de 1968 estrelado por Charlton Heston, que marcou gerações com sua crítica social e reviravolta final chocante (sim, a famosa cena da Estátua da Liberdade soterrada).

Nos anos 70, foram lançadas várias continuações e até uma série de TV. Porém, ao final da década de 80, a franquia entrou em hiato. Foi aí que Tim Burton topou o desafio de trazer os macacos de volta às telonas.


O que é esse filme de 2001?

Sinopse em modo turbo:

Um astronauta (Mark Wahlberg) atravessa um portal temporal e vai parar em um planeta onde macacos dominam os humanos. Ele lidera uma revolta, tenta voltar pra casa, mas… a coisa termina com uma reviravolta ainda mais confusa do que o original.


O que deu certo?

Apesar de ser um filme polêmico, algumas coisas se destacam:

Maquiagem e design dos macacos

  • Criada por Rick Baker, lendário maquiador de Hollywood.
  • Os macacos tinham feições expressivas e realistas, com direito a movimentos corporais intensos.
  • Muito antes do CGI dominar tudo, esse filme mostrou como maquiagem prática ainda podia impressionar.

Elenco de peso

  • Tim Roth como o vilão General Thade está insano (no bom sentido).
  • Helena Bonham Carter vive uma chimpanzé humanizada e ativista.
  • Michael Clarke Duncan entrega força e presença como gorila guerreiro.

O que não funcionou (e por que os fãs torceram o nariz)?

Roteiro confuso

  • A história era pra ser um reboot, mas o roteiro mistura elementos do original com ideias novas sem dar tempo de digestão.
  • O terceiro ato é apressado e cheio de decisões estranhas.

Protagonista apagado

  • Mark Wahlberg parece deslocado e sem química com o restante do elenco (inclusive os macacos).

Final… wut?!

Sem spoilers profundos, mas digamos que o final tenta recriar a surpresa do original de 1968… só que:

“Pera… o quê? Como isso é possível? O planeta era esse ou era outro? O tempo voltou ou virou do avesso?”

Até hoje tem fã tentando entender a lógica do plot twist.


O “toque Tim Burton”

Tim Burton é conhecido por seu estilo visual gótico, excêntrico e sombrio — e isso até funciona em partes do filme. Mas muitos acharam que ele não soube equilibrar o peso filosófico da franquia com seu estilo mais “surreal”.

O resultado? Um filme que parece bonito, mas sem identidade emocional ou narrativa forte.


Bastidores curiosos

  • O projeto ficou preso por mais de 10 anos em desenvolvimento, passando por vários roteiros e diretores antes de cair nas mãos de Burton.
  • Charlton Heston, protagonista do original, faz uma participação especial como um ancião orangotango — uma homenagem bacana.
  • Tim Burton declarou depois que “foi a pior experiência de sua vida” em um set de filmagem 😬.

Por que esse reboot não vingou?

Mesmo com bilheteria razoável, o filme não conseguiu agradar os fãs antigos nem conquistar uma nova geração. A crítica detonou o roteiro e a direção, e a Fox desistiu de continuar essa linha.

Mas isso foi uma bênção disfarçada.

Porque aí veio…

A Trilogia da Nova Geração (2011–2017) com Andy Serkis como Caesar, que a gente vai desbravar a seguir! 🙌

Planeta dos Macacos: A Trilogia Moderna (2011–2017)

Uma nova era, não apenas para os macacos, mas para o cinema de ficção científica.

Filmes da trilogia:

  1. A Origem (2011)Rise of the Planet of the Apes
  2. O Confronto (2014)Dawn of the Planet of the Apes
  3. A Guerra (2017)War for the Planet of the Apes

1. A Origem (2011) – Onde tudo recomeçou

Direção: Rupert Wyatt
Elenco: James Franco, Freida Pinto, John Lithgow, e Andy Serkis como Caesar

A história:

Will Rodman (James Franco) é um cientista que desenvolve um tratamento experimental para Alzheimer. Ele testa em chimpanzés, e um deles — Caesar — desenvolve inteligência superior.

Depois de ser separado de sua família humana, Caesar vai parar em um abrigo para primatas, onde descobre o abandono, a violência e… a revolta.

E é aí que nasce o verdadeiro levante dos macacos.


Por que foi um sucesso?

  • Roteiro emocional: Não é só sobre símios inteligentes, é sobre família, pertencimento e abandono.
  • Andy Serkis em performance capture: O cara simplesmente revolucionou a atuação digital como Caesar. Emocionante, expressivo e real.
  • Trama plausível: A queda da humanidade começa de forma lenta, lógica e assustadora.

2. O Confronto (2014) – A tensão entre espécies

Direção: Matt Reeves (que assumiu a partir daqui)
Contexto: Passaram-se 10 anos. O vírus ALZ-113 dizimou boa parte da humanidade. Os macacos vivem em paz em uma floresta próxima a São Francisco.

Mas… a paz não dura.

Humanos sobreviventes precisam restaurar energia elétrica, o que os obriga a invadir território símio. Caesar quer paz, mas o ódio de ambos os lados começa a crescer — especialmente do macaco rebelde Koba.


O que torna esse filme genial?

  • Dilema moral complexo: Não existem vilões puros, apenas personagens tentando proteger os seus.
  • Visual cinematográfico: A floresta, as construções dos macacos, os embates com humanos… é tudo grandioso.
  • Koba vs Caesar: Um dos melhores antagonistas da década, com motivação forte e presença assustadora.

3. A Guerra (2017) – O épico final (ou quase)

Direção: Matt Reeves
Vilão: Woody Harrelson como o “Coronel” – uma clara referência ao vilão de Apocalypse Now

Enredo:

Caesar lidera seu povo após anos de perseguição, mas sofre perdas pessoais devastadoras. Em busca de vingança, ele se confronta com seu lado mais sombrio.

Enquanto isso, os humanos restantes entram em guerra total, criando um campo de concentração para macacos. É o clímax emocional e físico da trilogia.


Pontos altos:

  • Trilha sonora marcante e emocional.
  • Referências bíblicas e de guerra (Moisés, Vietnã, etc).
  • Fechamento épico e comovente da jornada de Caesar.

O diferencial dessa trilogia

O que essa trilogia acertou em cheio:

  • Fugiu de clichês de ação em massa: preferiu emoções, silêncio e tensão.
  • Trabalhou a evolução de Caesar como um herói trágico.
  • Usou a tecnologia de captura de movimento de forma quase artística.
  • Levantou questões profundas sobre:
    • Ética científica
    • Preconceito e medo do “outro”
    • Poder, guerra e liberdade

Reconhecimento

  • Todos os três filmes têm ótimas notas no Rotten Tomatoes (80%+).
  • Considerados uma das melhores trilogias do século XXI.
  • Indicados a vários prêmios, principalmente nas categorias técnicas e de efeitos visuais.
  • Andy Serkis foi aclamado por sua performance e foi cogitado para indicações ao Oscar, mesmo sem ser reconhecido oficialmente por ser “digital”.

E o que vem depois?

Sim, a franquia vai continuar!

Planeta dos Macacos: O Reinado (2024)

  • Ambientado muito tempo depois da trilogia.
  • Caesar já é uma lenda, e o mundo é quase todo dominado por macacos.
  • Novos conflitos surgem entre os próprios símios, agora que os humanos estão em minoria.

Promete ser o início de uma nova era, com outras narrativas e personagens.


Conclusão: A revolução dos macacos foi muito além da ação

A trilogia moderna de “Planeta dos Macacos” é muito mais do que reboot. É cinema de qualidade, com emoção, densidade temática e inovação técnica.

Ela pegou uma franquia desgastada, reconstruiu tudo do zero e criou um legado digno de respeito e admiração.

Se antes era só “macacos dominando o mundo”, agora é sobre o que significa ser livre, líder, humano… ou símio.

Por que renasceu com força?

  • Roteiro emocional e inteligente.
  • Reflexão sobre humanidade e evolução.
  • Ganhou status de clássico moderno.

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